Festa de Pentecostes…
Hoje seria um dia especial daqueles, em que a Igreja Matriz estaria cheia, repleta de pessoas: paroquianos(as) e devotos(as) do Divino Espírito Santo, vindas de longe e de perto pra viver Pentecostes, acolhendo em seus corações a docilidade do Espírito de Deus, repleto de dons, produzindo novas esperanças.
Tudo foi diferente!
Desta vez não pudemos estar nas casas com a capelinha do Divino, rezando com as famílias, cantando e louvando para comunicar as maravilhas de Deus. Não pudemos empunhar a bandeira do Divino, fazendo-a tremular nas comunidades anunciando a proximidade da festa.
Não pudemos reunir as crianças para celebrar o início do festejo, amarrando no mastro nossas fitas, cheias dos diversos desejos elevados ao céu, juntos da bandeira a tremular diante da Matriz e ouvir o estampido dos fogos anunciando a nossa alegria.
Não pudemos, acolher comunidades e devotos que desejavam está aqui conosco, padres que celebrariam conosco, manifestando a Misericórdia Divina em suas palavras e na partilha da fração do pão.
Estar juntos nas diversas equipes de serviço, trabalhando no esforço generoso em fazer o melhor possível para oferecer um ambiente de oração e acolhimento para todos. Sentar-se no largo para aquela convivência feliz que nos faz tanto bem. Não pudemos reverenciar Imperatriz, o Imperador, tão pouco príncipe e a princesa.
Não pudemos ficar até tarde para limpar o pátio, a igreja, já antecipando para o dia seguinte, e ao encerrar a noite, lavando as panelas.
Cansados… felizes… sorrindo… a cara da felicidade!
Não pudemos ir pra rua com o estandarte do Espírito Santo em nossas mãos em procissão, cantando e louvando a Deus manifestando a todos a simplicidade da nossa fé, como discípulos(as) e missionários(as) no seguimento a Jesus Cristo, impulsionados com a força do Espírito Santo de Deus
Não pudemos naquela grande celebração reunir uma multidão pra dizer: Pentecostes continua…
Tivemos, tivemos sim, que ficar em casa, pra cumprir o distanciamento social, ocasionado por esta pandemia, reinventando o sentido de vivencia da nossa fé, nesse tempo marcado pelo medo, incertezas e profunda dor pela ausência daqueles que partiram.
Tivemos sim, que adequar organizar e entender a própria ação do Espírito Santo nos movendo para iniciar novas atitudes, para motivar, consolar, e não desistir de ter esperança.
Esperança: “Estarei sempre convosco” disse Jesus ao comunicar o amor de Deus pra nós, isso não é somente uma promessa, mas uma realidade que se atualiza a cada dia. Sejamos perseverantes, rezemos uns pelos outros. Cuidemos uns dos outros, para que possamos superar estas dificuldades.
Tudo isso vai passar e voltaremos a estar juntos.
“A Paz esteja convosco”
Padre Hamilton.
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