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Homilia de Corpus Christi


Se for Fazer um resgaste no ponto vista histórica da solenidade celebração de Corpus Christi, começando na Idade Média, ou um pouco antes, ai podemos fazer uma séria de reflexões acerca cristológica dos quais residimos nós, muito tempo se passou, pois antigamente a celebração tinha um tom bem triunfalista, que não é ais bem a nossa situação, porém fixar o nosso olhar no sentido real do que celebramos hoje, uma lembrança, um memorial e a importância do corpo de Cristo para a vida da Igreja e para a vida dos cristãos, ai a gente encontra um sentido especial, nós voltamos os nossos olhares lá para o principio, Jesus Cristo, este Jesus que vem tomar forma humana, este Deus que veio morar entre nós e construir conosco uma Nova Aliança, esta é a promessa de Deus, que é de nos amar até o fim.

Com esta nova aliança firmada pelo próprio Deus conosco, agora não mais por intermediário, ou sacrifícios de animais, ou como Moises que traz o recado de Deus, mais agora é o mesmo Deus que vem estar conosco. Agora vem construir algo diferente. Sabemos que Jesus nasce dentro de uma cultura, no meio de um povo e este povo tem seus costumes, tem maneira viver e de celebrar a vida e a sua fé.

Nossa Religião Católica é de raiz judaica, ou seja da raiz do judaísmo e foi neste contexto que Cristo nasceu, cresceu, morreu e ressuscitou. A Missa que nós celebramos hoje lá no princípio era a mesmo que comer uma ceia judaica e é isso que Jesus está celebrando com os discípulos, como bom judeu que Jesus era, celebrando a Páscoa com os seus, por isso ele manda preparar um lugar para celebrar a páscoa. E a Páscoa celebrada é um memorial, festa da libertação do povo de Deus. E agora a libertação que nos é oferecida, não é mais com o sague de cordeiro e cabritos derramados, não mais com cinzas das ovelhas que purificavam os pecados.

Mais agora é o próprio Deus oferecido neste Altar em alimento, é o seu sangue derramado é a sua carne consumida, ele o sacrifício oferecido, é ele mesmo agora que toma o lugar do cordeiro, que para nós Católicos se torna o Cordeiro de Deus, imolado, sacrificado por nossos pecados. Quando celebramos a Missa e colocamos a nossa oferenda no altar do Senhor, estamos fazemos memória deste sacrifício.

E assim viver a comunhão implica em boas reflexões para todos os cristãos, se Cristo vem para nós na forma de pão e vinho, então a Missa é um banquete, é uma festa onde todos são convidados a participar desta mesa, viver compartilhar deste pão eucarístico que é Jesus. A oferta na missa é o pão, pois a nossa Igreja é do pão, e do pão partilhado, este pão partilhado, que vivemos e comenos que é a Eucaristia e que deve ser partilhado com o irmão.

Portanto a Missa em nossa vida, deve ser uma missa contínua, ou seja guardar os sentimentos e os princípios vividos na Eucaristia junto com Jesus. Isso significa que a experiência de amor que fazemos com o Cristo na Missa deve ser continuada na vida, para que assim possamos estabelecer relações com outras pessoas e um sentimento que nos leva a compreender a nossa missão e ao passo que vivemos e participamos dentro da Igreja, isso deve provocar em nós a vivencia do testemunho de amor e doação dentro da sociedade e a viver o testemunho que me leva a compreender a nossa doação como cristão e o serviço ao próximo nas mais diversas realidades da sociedade.

Pois quando se celebra a festa de Corpus Christi, o corpo de Cristo, vivemos a dimensão do amor é compreender a missão que temos diante do mundo e ai vamos nos defrontando neste Cristo que as vezes a gente não gosta de ver, o Cristo de rosto marginalizado, que sofre, marcado pela dor; pois para muitos cristãos o mais bonito é ver o cristo glorificado, transfigurado de beleza, radiante de gloria, mais o cristo também de manifesta no rosto daquele que sofre, que é descriminado e marginalizado, que as vezes a gente ignora, finge que não ver. Aí está o maior desafio da Cristão e da Igreja , viver e ajudar este Cristo que sofre.
 * Padre Hamilton Sobreira
 Padre da Paróquia do Espírito Santo – Alto Timbira
Missa de Corpus Chisti, dia 04/06/2015

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