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Cristo o Pão da Vida: sinal de Amor pela humanidade


Nesta Quinta-feira Santa (29/03) a Igreja celebra a Instituição da Eucaristia, com o objetivo de melhor vivermos este momento segue um texto explicativo da importância deste dia para a Igreja e para os cristãos, assim como a importância do Sacramento da Eucaristia para o Povo eleito de Deus.

Chegando o momento da partida de Cristo para junto do Pai, Jesus na sua bondade infinita nos ofereceu o melhor presente: instituiu a Sagrada Eucaristia, Presença Real d`Ele Mesmo com Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Hóstia e no Vinho Consagrados. Esta foi a maneira sensível que o Senhor Jesus escolheu para permanecer junto do povo que ele Salvou e Redimiu. Ele é verdadeiramente o pão descido do Céu, alimento espiritual, força e inspiração para a humanidade na caminhada existencial, poderoso elo que une e congrega todos os fiéis ao redor de um único Altar até a consumação dos séculos, porque ele é Deus, com o Pai e o Espírito Santo.

São Mateus registrou aquele inesquecível momento escrevendo as palavras que Jesus falou: “Enquanto comiam (a Última Ceia), Jesus tomou um pão e, tendo abençoado, partiu e, distribuindo aos discípulos, disse: Tomai e comei, isto é o Meu Corpo. Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes dizendo: dele Bebei todos, pois isto é o Meu Sangue, o Sangue da Aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados”. (Mt 26,26-28)

São Marcos registrou assim: “Enquanto comiam, ELE tomou um pão, abençoou, partiu-o e distribuiu-lhes, dizendo: Tomai isto é o Meu Corpo. Depois, tomou um cálice e, dando graças, deu-lhes, e todos dele beberam. E disse-lhes: Isto é o Meu Sangue, o Sangue da Aliança, que é derramado em favor de muitos”. (Mc 14,22-24)

São Lucas anotou as seguintes palavras do Senhor: “E tomou um pão, deu graças, partiu e distribuiu-o a eles, dizendo: Isto é o Meu Corpo que é dado por vós. Fazei isto em Minha memória. E, depois de comer, fez o mesmo com o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em Meu Sangue, que é derramado em favor de vós”. (Lc 22,19-20)

São Paulo descreve como Jesus lhe ensinou: “Com efeito, eu mesmo recebi do Senhor o que vos transmiti: na noite em que foi entregue o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: Isto é o Meu Corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, após a Ceia, também tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova Aliança em Meu Sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim”. (1Cor 11,23-25)

O Apóstolo São João que estava ao lado do Mestre descreveu assim as palavras que Jesus pronunciou na Última Ceia: “Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do Homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha Carne é verdadeira comida e o Meu Sangue, verdadeira bebida. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em mim e eu nele”. (Jo 6,53-56)

As palavras de Jesus são claras e compreensíveis. Naquele momento de despedida criou o misterioso Fenômeno da Transubstanciação, que acontece em todas as Santas Missas no instante da Consagração. As espécies de pão e vinho são transformadas pelo Espírito Santo no seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, mantendo, entretanto a aparência original das mesmas espécies.

Isto significa dizer, que verdadeiramente Jesus está presente na Hóstia Consagrada, em Pessoa e Divindade. Então, a Sagrada Comunhão não pode e não deve ser considerada como um “símbolo” ou como uma “representação” do Senhor, porque é Ele Mesmo. O Senhor está Realmente Presente na menor fração de uma Partícula Consagrada, em todos os sacrários do mundo. Está sempre disponível para saciar a fome espiritual, iluminar as almas, acolher as súplicas e preces de todos que buscam o seu auxílio, ajudando e inspirando ao longo da existência, protegendo e defendendo as pessoas contra as insídias de Satanás e consolando-as nos reveses da vida. Cheio de amor e misericórdia Ele Se apresenta modestamente numa partícula de trigo e água e no vinho consagrado. Nesta simplicidade Ele esconde todo o seu poder e a sua divindade. Porque Ele quer que cada um de nós, O procure não com pompas e falatórios, mas com humildade, reconhecendo as próprias fraquezas e limitações. Assim, prostrados diante Dele, conscientes de nossa insignificância e de nosso nada, com simplicidade de coração devemos manifestar a súplica mais sincera, para alcançarmos Dele as graças que emanam do Seu Divino e imenso Amor.

Esta realidade sinaliza ao raciocínio a necessidade de cada pessoa procurar aumentar cada vez mais, de alguma forma, a intensidade da atenção e do afeto que devemos dedicar ao Senhor. Não como atitude pensada, programada e interesseira, mas como gesto normal, gerado de dentro para fora, do interior de nosso coração para o Coração do Criador, um procedimento consciente, que deve ser cultivado habitualmente. Esta preocupação representará uma continua e permanente oração a Deus, oração perseverante que deve ser modulada e adornada com as preces que recitamos todos os dias. Isto, para que elas sejam a nossa resposta de amor, num carinhoso tributo de agradecimento, por todos os bens que Ele nos proporciona, inclusive pelo dom da própria vida.

Fonte: Apostolado dos Sagrados Corações (Adaptado)

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