Na Manhã desta terça-feira (08/03/2016) o Grupo Mulheres Unidas em Cristo – MUC da Comunidade Bom Jesus da Lapa realizou a comemoração do Dia Internacional da Mulher na igreja da Comunidade. A manhã foi marcada por palestras realizadas pela Irmã Socorro, do Instituto Farina, falando da dignidade da mulher e Cassilda, que é fisioterapeuta. Logo em seguida o Padre Hamilton celebrou a Santa Missa, e para encerrar as comemorações a comunidade ofereceu uma feijoada a todos os participantes.
A comemoração teve por objetivo fazer uma reflexão da atuação das mulheres nos diversos setores da sociedade e da igreja, buscando reconhecer a força feminina e as suas necessidades, apresentando os anseios, perspectivas e desafios da mulher moderna, que trabalha, estuda, cuida da casa, dos filhos, do marido, atua na igreja, na política buscando construir uma sociedade mais justa e igualitária.
A Irmão Socorro destacou em entrevista a importância do Dia Internacional da Mulher, a valorização da mulher pela igreja, como sendo um espírito transformador, que supera muitos desafios de uma sociedade violenta e corrupta, assim buscando contribuir na realização do Projeto de Deus, que é que ela seja feliz e seja ela mesma a imagem e semelhança de Deus. A irmã ainda enfatizou que a mulher sempre esteve na frete das tarefas da igreja, por exemplo no trabalho social, na catequese, onde ela tem o objetivo de tirar o homem da miséria humana e dá a ele significação e mostrar que ele é imagem e semelhança de Deus; na opinião da Irmã Socorro para que sejam superadas as barreiras que ainda impedem a atuação mais profunda da mulher na sociedade é necessária uma aplicação de empenho de forma maciço na educação, na cultura, dando a todos a vida e a dignidade, e esta é uma das funções da Igreja diante da sociedade.
A coordenadora do Grupo MUC, a senhora Enildes Mendes apresentou a satisfação do dever cumprido ao oferecer às mulheres da comunidade juntamente com todas elas um dia de reflexão e aprendizado, ela ainda afirma que “ser mulher é maravilhoso no dia de hoje, hoje estou sentindo que é o meu aniversário, me sentindo muito feliz por ser mulher”, ela destaca ainda que a sua atuação enquanto coordenadora do grupo, é um momento de aprendizado e oportuno a todas as mulheres. O padre Hamilton em homilia buscou destacar a importância da mulher na sociedade e na igreja, assim como a refletiu os muitos desafios a serem superados para que as mulheres conquistem seus espaços concretos na sociedade.
A origem da Comemoração na Comunidade
A ideia de comemorar o Dia Internacional da Mulher na Comunidade Bom Jesus da Lapa, de acordo com Dona Maria José, uma das que trabalha desde o início do grupo, veio a partir de algumas mães gestantes que atuavam na comunidade fazendo acompanhamento dos jovens, mais tarde o senhor Antônio José, que atualmente é padre, veio colaborar com o trabalho na comunidade junto com as Irmãs Capuchinos, fazendo a divisão do grupo, criando assim o Grupo de Mães, mais tarde recebendo o nome MUC – Mulheres Unidas em Cristo, logo em seguida veio a criação Grupo de Jovens JUCBJ – Jovens Unidos da Comunidade Bom Jesus da Lapa, por meios de convites das mulheres aos jovens da comunidade. O MUC teve o primeiro coordenador um homem, o senhor Antônio José. As mulheres assumiam e assumem todas as atividades da comunidade, tais como, coordenação, catequese, liturgia. Desde então as mulheres passaram a comemorar o Dia Internacional da Mulher, tenho um ganho de espaço, respeito e estímulo nos últimos anos.
O Dia Internacional da Mulher
A celebração do Dia Internacional da Mulher surgiu a partir de uma greve realizada por operárias que trabalhavam em uma fábrica de tecidos na cidade norte americana de Nova Iorque no dia 08 de março de 1987, reivindicando melhores condições de trabalho, a manifestação sofreu com a repressão ações violentas brutais e desumana. No ano de 1910 foi instituído a data 8 de março como Dia Internacional da Mulher em homenagem as mulheres que sofreram na greve de 1987, através de um decreto da ONU na Dinamarca. A data tem por objetivo possibilitar a reflexão e buscar diminuir preconceito e a desvalorização da mulher, que mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.
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